terça-feira, janeiro 16, 2007

Negligentia


Uma sala vazia em pleno horário comercial.
O ambiente apenas exala perfumes custosos, de alto escalão.
Situação comum não só em Recife, João Pessoa e Natal
Mas no Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão.

No canto, histórias que se acumulam em papeladas sem fim.
Sem atenção.
Confusos enigmas, muitos participantes, uma só decisão.
Talvez a solução.

Entretanto, o branco amarelou.
A fibra do papel esfarelou.
A história, por descuido, desencadeou.
O desespero continuou.
O pagamento, não se efetuou.
Simplesmente porque a caneta não assinou.

Os autores, assassinados pelo descaso.
Os réus, favorecidos pela impunidade.
Só porque a autoridade chegou no trabalho tarde.

Monique Mendes

Um comentário:

Anônimo disse...

Lamentavelmente, esse é o retrato do descaso,da irresponsabilidade, da falta de compromisso de muitos funcionários remunerados com os tributos cobrados da sociedade.