
Interessante a produção de filmes-denúncia que exponham, detalhadamente, a carnificina desarrazoada por anéis de brilhantes, alianças de ouro ou por camafeus com a silhueta do(a) amado(a).
Pior, quando esses acessórios unem relacionamentos fugazes. Quando, por qualquer chilique, jogamos alianças ao ar, sendo essas fruto de muito peneirar mineral, de muito suor sanguinolento.
Apesar de tão claros, brilhantes e encantadores nas vitrines das lojas, diamantes possuem uma logística negra e obscura. Negra na cor, na raça oprimida. Obscura a senha do exterior, da conta carcomida.
O conhecimento de vidas à mercê de um esquema mercenário-megalomaníaco faz nossos trancelins pesarem em nossos pescoços. Porém, o saber traz à tona a chance que se tem para transformar os consumidores que, sob um novo olhar, verão nos manequins das joalherias talvez a representatividade do esquema cadavérico-degolador de vidas africanas.
Para tanto, não basta sairmos impressionados do cinema com a mais nova super-produção norte-americana. Tampouco freqüentarmos uma joalheria diferente. Nem acharmos que isso só acontece com diamantes. Na verdade, nem sei mais o que é suficiente...
Monique Mendes
*Comentário sobre o filme "Diamante de sangue", do diretor Edward Zwick.
Pior, quando esses acessórios unem relacionamentos fugazes. Quando, por qualquer chilique, jogamos alianças ao ar, sendo essas fruto de muito peneirar mineral, de muito suor sanguinolento.
Apesar de tão claros, brilhantes e encantadores nas vitrines das lojas, diamantes possuem uma logística negra e obscura. Negra na cor, na raça oprimida. Obscura a senha do exterior, da conta carcomida.
O conhecimento de vidas à mercê de um esquema mercenário-megalomaníaco faz nossos trancelins pesarem em nossos pescoços. Porém, o saber traz à tona a chance que se tem para transformar os consumidores que, sob um novo olhar, verão nos manequins das joalherias talvez a representatividade do esquema cadavérico-degolador de vidas africanas.
Para tanto, não basta sairmos impressionados do cinema com a mais nova super-produção norte-americana. Tampouco freqüentarmos uma joalheria diferente. Nem acharmos que isso só acontece com diamantes. Na verdade, nem sei mais o que é suficiente...
Monique Mendes
*Comentário sobre o filme "Diamante de sangue", do diretor Edward Zwick.

2 comentários:
aH,
fiquei com a maior vontade de assitir agora!
tu ja falaste tanto sobre esse filme, que realmente deve nos mostrar situações que nos façam refeltir ou ver, de forma escancarada, a realidade que envolve todas essas riquezas fúteis.
aH,
enriqueci meu vocabulário lendo teu comentário!
a palavra "camafeu", não conhecia!
hahaha!
beeeijo! =*
Lindo o texto
vc escreve muito bem...
=D
bjussssssssssss
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