Sabe aquele dia em que a gente resolve arrumar o quarto, tirar a poeira, ver se as coisas antigas ainda prestam, separar os documentos, verificar se os papéis não estão se acumulando demais ou ter certeza de que isto está acontecendo? Pois é, fiz isso por esses dias e me deparei com cada coisa....
Uma delas, foi achar um livrinho encadernado datado de 1998, chamado RETRATOS DA VIDA – Redações Premiadas. Pensei alguns minutos porque aquilo estaria entre minhas recordações...aliás, vou abrir um parêntese, sou uma garota de recordações: guardo cartas de amor, fotos de ex-namorados, cartinhas da época da escola, bilhetinhos mais picantes da hora das aulas, cartões de aniversário, quadro pintado por sogra e toda essa parafernália que mulher romântica e nostálgica gosta de guardar. Fecha parêntese. E me diverti muito fazendo essa arrumação...
Terminei lembrando que havia sido premiada, quando eu era 7ª série e estudava no Colégio Atual, por um texto que escrevi. Resolvi procurar no índice e localizar meu nome. Descobri que o poema que havia escrito tinha um título bem estranho pra uma garota de 13 anos, confirmando que sempre fui meio excêntrica ou, na verdade, uma pirralha muito enxerida e metida a gente grande. Observem o poema:
Título: Traição
Ao olhar o pôr-do-sol, vejo você,
Tão brilhante e caloroso quando se vê.
Vejo o pôr-do-sol como o amor,
Pois quanto mais aparece
Mais se tem calor.
O sol não está ficando tão quente,
Não entendo o porquê
Mas acho
Que há alguém entre a gente.
Essa pessoa estragou
O que havia entre nós dois
Escuto dizer
Que o amor não se acaba,
Mas o que sinto por você
É uma paixão inacabada.
Realmente, esse poema merece comentários! Primeiro, assunto muito polêmico para uma criança, mas tudo se explica: ano de separação de meus pais. Segundo, a terceira estrofe realmente está muito nada a ver...o que uma criança não faz para rimar né? “O sol não está ficando tão quente”...não sei a época do ano nem o período do dia, coisas da imaginação pueril. A quarta estrofe está um comentário à parte, um pensamento que havia ficado na cabeça e eu soltei no papel, sem querer, mas usando muita psicologia, podemos dizer que deu um toque original, né?
Muito bom ter em minhas recordações traços da minha vida, verificar que um dia fui uma pirralha metida a escritora e agora puder rir de mim mesma...
Monique Mendes
Uma delas, foi achar um livrinho encadernado datado de 1998, chamado RETRATOS DA VIDA – Redações Premiadas. Pensei alguns minutos porque aquilo estaria entre minhas recordações...aliás, vou abrir um parêntese, sou uma garota de recordações: guardo cartas de amor, fotos de ex-namorados, cartinhas da época da escola, bilhetinhos mais picantes da hora das aulas, cartões de aniversário, quadro pintado por sogra e toda essa parafernália que mulher romântica e nostálgica gosta de guardar. Fecha parêntese. E me diverti muito fazendo essa arrumação...
Terminei lembrando que havia sido premiada, quando eu era 7ª série e estudava no Colégio Atual, por um texto que escrevi. Resolvi procurar no índice e localizar meu nome. Descobri que o poema que havia escrito tinha um título bem estranho pra uma garota de 13 anos, confirmando que sempre fui meio excêntrica ou, na verdade, uma pirralha muito enxerida e metida a gente grande. Observem o poema:
Título: Traição
Ao olhar o pôr-do-sol, vejo você,
Tão brilhante e caloroso quando se vê.
Vejo o pôr-do-sol como o amor,
Pois quanto mais aparece
Mais se tem calor.
O sol não está ficando tão quente,
Não entendo o porquê
Mas acho
Que há alguém entre a gente.
Essa pessoa estragou
O que havia entre nós dois
Escuto dizer
Que o amor não se acaba,
Mas o que sinto por você
É uma paixão inacabada.
Realmente, esse poema merece comentários! Primeiro, assunto muito polêmico para uma criança, mas tudo se explica: ano de separação de meus pais. Segundo, a terceira estrofe realmente está muito nada a ver...o que uma criança não faz para rimar né? “O sol não está ficando tão quente”...não sei a época do ano nem o período do dia, coisas da imaginação pueril. A quarta estrofe está um comentário à parte, um pensamento que havia ficado na cabeça e eu soltei no papel, sem querer, mas usando muita psicologia, podemos dizer que deu um toque original, né?
Muito bom ter em minhas recordações traços da minha vida, verificar que um dia fui uma pirralha metida a escritora e agora puder rir de mim mesma...
Monique Mendes

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