Admito que acreditei em Papai Noel por muitos anos, que escrevi muitas cartinhas para ele e que coloquei muitos sapatinhos na janela à sua espera. Seu trenó voador, seu saco abarrotado de presentes e suas renas encantadas davam um ar mágico ao cenário natalino. Além disso, sua disposição para visitar chaminé por chaminé e sua obscuridade ao fazer um ato tão generoso às escondidas da madrugada, eram sintomas de sua humildade e do seu presentear despretencioso.
Contudo, quando crescemos, verificamos o quão ingênua pode ser a imaginação de uma criança. A imagem daquele velho bonzinho que, mesmo gordinho, saia de sua casa do Pólo Norte para visitar todos aqueles merecedores de presentes, cai por terra. Por vezes, inclusive, sinto repugnância por esse símbolo balofo que nos estimula a dar presentes casuais e a engordar a conta dos grandes empresários.
No decorrer do anos, verifico a tendência de que a apologia à vida suscitada pelo Natal foi sobrepujada pelo atabalhoado consumismo dos “shopping centers”. Esqueceram-se da cristandade da noite natalina, do seu espírito de renovação. Escapou-se da memória dos mortais a simplicidade do nascimento do menino Jesus, do amor entre os seres humanos. Pensa-se apenas em presentes, presentes e mais presentes.
Por isso, nesta data, deixe a fábrica de brinquedos de Papai Noel de lado. Incorpore o cenário presepial, com sua simplicidade de objetos e riqueza de espírito. O que se tem a comemorar, afinal, é a essência que nos nutre no decorrer dos dias, a vida que corre por nossas veias e o amor que tudo faz curar. Abandonemos um pouco a lenda de um generoso velhinho, com seu hipnotizante saco de brinquedos, dizendo-nos nas entrelinhas “compre, compre, compre”.
No decorrer do anos, verifico a tendência de que a apologia à vida suscitada pelo Natal foi sobrepujada pelo atabalhoado consumismo dos “shopping centers”. Esqueceram-se da cristandade da noite natalina, do seu espírito de renovação. Escapou-se da memória dos mortais a simplicidade do nascimento do menino Jesus, do amor entre os seres humanos. Pensa-se apenas em presentes, presentes e mais presentes.
Por isso, nesta data, deixe a fábrica de brinquedos de Papai Noel de lado. Incorpore o cenário presepial, com sua simplicidade de objetos e riqueza de espírito. O que se tem a comemorar, afinal, é a essência que nos nutre no decorrer dos dias, a vida que corre por nossas veias e o amor que tudo faz curar. Abandonemos um pouco a lenda de um generoso velhinho, com seu hipnotizante saco de brinquedos, dizendo-nos nas entrelinhas “compre, compre, compre”.
Monique Mendes
2 comentários:
a essência que nos nutre no decorrer dos dias, a vida que corre por nossas veias e o amor que tudo faz curar."
concordo em número e grau, nique!
o natal ttem outro significado, embora ainda este outro a quem me refiro também tenha sido muito bem camuflado pela Igreja e se tornado um ícone cristão. Talvez a data esteja adquirindo os caracteres e nuances que dantes lhes acolhia.
mas é isso, que seja uma data pra fechar ciclos e reiniciar um novo, fazendo com que os sentimentos de fraternidade estejam presentes por todo o restande do ciclo.
=*
a que me refiro*
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