Tem dias que quero calar.
Quero calar para não falar, ou deixar de falar para confundir. Ou não me confundir. Ou apenas preferir driblar o som pronunciado pelas bocas, sorridentes ou tortas. Inclusive a minha, que tenta sobreviver às tortuosidades típicas das falsidades. Busco as palavras, mas elas saem desconectadas. Ou precisas demais para serem descobertas. Inspiro-me no branco, pois ele reflete todas as cores e pode me mostrar caminhos. Muitas opções. Talvez o preto, com seu tom de precisão, traga o que eu preciso. Ou somente as cores fortes do arco-íris já tragam a medida certa. Ele será meu remédio! Mas talvez o arco-íris seja uma overdose, ou uma microdosagem, considerando-se que pode ser comprimido. Mas a dosagem certa deve ter virado convenção. Ou mera suposição. Suponho que essas letras dizem tudo, mas o que penso não tem tantos caracteres. Parece idéia fixa. Ou será que alguns estão no escuro dos meus pensamentos? Viraram traços perdidos no papel. Mas japonês não vai entender. Queria uma linguagem universal. Os gestos. Mas eles não conseguiriam expressar o que me toma. Por ser grande. Ou por ser pequeno demais. Ou talvez por ser insignificante em seu sentido, ou significante demais para ser dito.
Por mim, para você.
Monique Mendes
Quero calar para não falar, ou deixar de falar para confundir. Ou não me confundir. Ou apenas preferir driblar o som pronunciado pelas bocas, sorridentes ou tortas. Inclusive a minha, que tenta sobreviver às tortuosidades típicas das falsidades. Busco as palavras, mas elas saem desconectadas. Ou precisas demais para serem descobertas. Inspiro-me no branco, pois ele reflete todas as cores e pode me mostrar caminhos. Muitas opções. Talvez o preto, com seu tom de precisão, traga o que eu preciso. Ou somente as cores fortes do arco-íris já tragam a medida certa. Ele será meu remédio! Mas talvez o arco-íris seja uma overdose, ou uma microdosagem, considerando-se que pode ser comprimido. Mas a dosagem certa deve ter virado convenção. Ou mera suposição. Suponho que essas letras dizem tudo, mas o que penso não tem tantos caracteres. Parece idéia fixa. Ou será que alguns estão no escuro dos meus pensamentos? Viraram traços perdidos no papel. Mas japonês não vai entender. Queria uma linguagem universal. Os gestos. Mas eles não conseguiriam expressar o que me toma. Por ser grande. Ou por ser pequeno demais. Ou talvez por ser insignificante em seu sentido, ou significante demais para ser dito.
Por mim, para você.
Monique Mendes
2 comentários:
Amei!
.......Das suas loucuras,as minhas!
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