
Da cama pro trabalho, do trabalho pra universidade, da universidade pro cursinho, do cursinho pra academia, da academia pra cama novamente. E, quando nos deitamos, nem cinco minutos de reflexão, e já estamos babando em nossos travesseiros em sono profundo. Assim, não há tempo para ler um bom livro, escrever bons textos, discutir política, disseminar ideologias, questionar a realidade, mesmo que ela massacre todos os dias.
A quantidade de informações que nos é oferecida dia-a-dia ainda ratifica tal adágio. A falácia de que entendemos sobre diversos assuntos, sempre superficialmente, nos dá a sensação de aprendizado multifacetário, de competência, mas pouco do que lemos torna-se pensamento degustado, sólido, desenvolvido. Assim, não se criam novas ideologias, nem se reflete sobre a aplicabilidade das já existentes.
Desse modo, penso que talvez o homem contemporâneo, com seu pensamento pouco desenvolvido, tenha minorado a capacidade conceitual de tal ditado popular traduzindo-o apenas como “ocupe-se, senão serás um zé ninguém”, abandonando definitivamente a possibilidade do ócio arejar suas idéias para deixar de ser refém do uso exacerbado do Crtl C + Crtl V.
Monique Mendes
3 comentários:
Adorei e concordo piamente!!Tô tentando fugir dessa culpa do ócio e tentando fazer dele um ócio criativo.reflexivo...
Adorei!!E foi muito bom p reforçar meu pensamento atual e me dar mais força p continuar acreditadno nisso!
é uma sintonia incrível!
esses dias tava pensando sobre isso, em escrever sobre isso!
encontrei aqui uma concordância em número e grau do que eu acho!
é, e a gente segue a vida vendo o futuro repetir o passado, nada mais se cria de útil, são tantas bobagens impensadas...
beijo, jeitosa! =*
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