segunda-feira, dezembro 03, 2007

Excentricidades

Olá Sr. Padre,

na falta de minha psicóloga, procuro o senhor para me confessar.
Essa semana estive pensando que, apesar de discordar de muitas idéias dos romanos, concordo com Ulpiano, aquele jurista, quando ele diz que os desejos humanos são ambulatórios.

Sabe, padre, percebi que em cada época de minha vida, vesti um tipo de roupa, mesmo sem acompanhar a moda. Tive hábitos diferentes, mas lógico que sempre incluindo o banho e a escova de dente. Era fissurada por determinados programas, que depois passaram a não mais fazer parte dos meus fins de semana. Varei noites conversando com pessoas, mas depois o tempo as levou para outras canoas. E o que ficou em mim, padre, se tudo é tão rápido, ansioso, volátil, se tudo passa, se tudo se esvai?

Dez segundos depois...

Deixa, padre, não quero mais saber nada sobre isso não. Nem precisa me responder, tá? Que baboseira a minha ficar pensando sobre essas coisas existenciais...Quero me confessar de outra coisa agora, e é picante!

Monique Mendes

2 comentários:

Anônimo disse...

DESABAFA MINHA FILHA..KKKKKKKKKKKK
BJOS,JUMINHA!

Vitório Vilas disse...

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pra que padre? pra que psicólogo? teu confessionário é virtual. surreal. tu confessa pra quem te sabe, quem te vê. e pra mim, agora, que nunca te vi, mas já sei um tantinho de ti.

continue confessando. sou todo ouvidos.

aliás, a via mangue tá quase lá. do túnel já dá pra ver o outro lado. e eu que vivia me perguntando qual a função de um túnel se não se vê seu outro lado. túnel que não se vê o outro lado é beco sem saída. pelo menos na primeira vez que a gente entra. pelo menos é a sensação que tenho. mas o que são sensações senão opiniões absurdamente particulares que temos sobre tanta coisa.

é. enfim... falô.